domingo, 16 de março de 2014

Virgínia tem acento

Cultura da submissão. Ter voz alterada, porque ser caçula exige atitude e a vida rica entre meninas de um colégio de freiras reforça dotes clichês e argüem valores de homens e de mulheres. Vestir terninhos, porque na terra dos negócios arrumar-se requer linguagem e limites audíveis ao abuso até que sua voz seja alta o suficiente para ser ouvida . Ter opinião, porque ser único é estar de frente pra felicidade.  Isto me moldou: a vida! 
E aí, a cultura embassada pela inferioridade e submissão embota todo o "único" que me faz mulher. E do lado mais Pollyana da mulher míope sai a comparação de ser quem me faço ver com o homem que me acompanha! De verdade, mulheres fruto dessa submissão cultural, sou a mulher que me construí nos anos da luta por ver mulheres longe dos feudos, das guerras de egos, das pessoas que enxergam pouco o mal inocente que fazem ao dizem que somos espelho de alguêm. Somos reflexo de nós mesmas, do que desejamos. Se pinto meu cabelo de roxo, esta sou eu e quando for falar sobre mim, aviso que deve pronunciar o gí com força, porque Virgínia  se escreve com acento, por favor!

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