domingo, 23 de março de 2014

Amo de...

...de ...Ahhhhh! to viva.
...de...Argh! me tira do sério.
...de ...Ai, meus sais!
A interjeição... Ah!!! a interjeição! Boca em sorriso cheia de dentes, bochechas, charme, esbalda o ar...assim sim, mostra tudo! Ah, interjeição! Maravilha que a gente abusa tanto até esquecer delas e a gente fica velho! V e l h o s !!!
Morremos. Bum!
Amo de VIVER!!!
A de amar viver! Simples assim!


Pum, não!

Nunca vou soltar pum na sua frente!

Ouviu? N  u   n  c   a   !!!!

Por que se confunde intimidade com abuso? Por que viver junto tem que ter cumplicidade nas suas partes mais sombrias?

Se pudesse esconderia meus puns de mim mesma, nem na casinha, trancada estaria ali pra cheirar ou ouvir uma intimidade que não pedi pra ter.

Portas e paredes à prova de som. Silêncio profundo ou apenas Tchaikovsky  supremo em acordes  magníficos, porque é assim no ideário!

Assim: ninguém solta pum! ninguém sabe o que é pum! pum não existe! Ok?

Combinados assim!

segunda-feira, 17 de março de 2014

Aí vem a realidade e te puxa pra debaixo da cama

Porque a expertise é recortar pequenas mentiras e colar grandes fantasias.
Porque cada mundinho tem um dono e sorrir é fácil quando a conta ficou pro outro.
Porque na rua o céu é azul se o dono da carteira tá dormindo.
E aí vêm as verdades...ah, as verdades! E se esparramam por todos os lados, queimam o silêncio, adulteram o seu segredo, descolam o fardo pesado de toda vontade.
Implacável nas convicções fúteis dos mortais, percorri o dia preenchendo espaços vazios e adormeci sobre mim. Nas lacunas, uma outra história embotara a minha.
Noite, vazio. Além da janela, por dentro de nós, aguardo a porta se abrir e através dela ouvir seus passos, refutando os mundinhos, invadindo todos os outros.
Sendo você.

domingo, 16 de março de 2014

Virgínia tem acento

Cultura da submissão. Ter voz alterada, porque ser caçula exige atitude e a vida rica entre meninas de um colégio de freiras reforça dotes clichês e argüem valores de homens e de mulheres. Vestir terninhos, porque na terra dos negócios arrumar-se requer linguagem e limites audíveis ao abuso até que sua voz seja alta o suficiente para ser ouvida . Ter opinião, porque ser único é estar de frente pra felicidade.  Isto me moldou: a vida! 
E aí, a cultura embassada pela inferioridade e submissão embota todo o "único" que me faz mulher. E do lado mais Pollyana da mulher míope sai a comparação de ser quem me faço ver com o homem que me acompanha! De verdade, mulheres fruto dessa submissão cultural, sou a mulher que me construí nos anos da luta por ver mulheres longe dos feudos, das guerras de egos, das pessoas que enxergam pouco o mal inocente que fazem ao dizem que somos espelho de alguêm. Somos reflexo de nós mesmas, do que desejamos. Se pinto meu cabelo de roxo, esta sou eu e quando for falar sobre mim, aviso que deve pronunciar o gí com força, porque Virgínia  se escreve com acento, por favor!

quinta-feira, 13 de março de 2014

Tesão

Falei por meus ouvidos. Pelo tato e na ponta dos dedos, segui a forma forte de seu peito. Pernas, pés, coxas, dorso, lábios e formas em transe, em abraço  enlouquecido. Contorces e espasmos. Sofreguidão. Anarquismo. Perdição. Desafiante, rasga o dia, corrompe, seduz a noite, em boca molhada arde a vida, passeia displicente e abusado nas entranhas de meus desejos, com o gosto forte dos seus lábios quentes. Esgota-me e acende o fato louco do tesão infindo. Animal errante que se acende, que reclama o que precisa. Conquista. Invade. Devolve e excita. Amor de fogo, meu prazer deseja a noite repetida.

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